outro comemorar do Dia Mundial do Teatro

O Janelas Plurais – Núcleo de Arte Dramática, que em parceria com a Kairos – Produções Culturais, coorganizou os workshops Pensarte, nos quais se inseriram, entre outras, oficinas de expressão dramática e composição musical [direcionadas às artes de palco], celebra o dia mundial do teatro, alargando o tempo e as datas, com a realização da última oficina que integra os Workshops Pensarte: ‘Palavra | Imagem: afinidades eletivas’.[dias 2 e 9 de abril]

Neste workshop serão propostos lugares de criação de texto para imagens, e de imagem para textos; e nisto o teatro. À luz de Roland Barthes, Umberto Eco, Laurence Olivier, Manoel de Oliveira e outros criadores de texto e imagem – sendo todos poetas – faremos desta oficina um lugar de diálogo entre territórios artísticos. Mas, que diálogo podem estes territórios estabelecer? A rua ainda nos oferece a poesia; nela a identidade. Assim, em jeito de caminhada fotográfica e poética, teremos na cidade de Fafe um palco mais neste criar arte, neste perguntar para potenciar convergências, neste novo olhar em perspetiva para palavra e imagem. É claro, não deixaremos de percorrer a referida obra de Goethe [Afinidades eletivas].

Junte-se a nós no comemorar deste dia, que em palco foi celebrado no passado dia 23 de Março, em Vila Nova de Gaia – S. Félix da Marinha, na apresentação do espetáculo: Homem de Palavra[s], coproduzido também em parceria com a Kairos – Produções Culturais.

É chegada a vez de partilharmos experiências e criarmos novas linguagens numa oficina voltada para as artes performativas, a criação escrita e a procura de identidades. Um modo especial de celebrar o teatro como arte passível de reunir todos os outros territórios artísticos. Inscreva-se até dia 28 de março. [informações e inscrições aqui] - Pode fazer a sua inscrição através do endereço de e-mail do Janelas Plurais: janelasplurais@gmail.com




II oficinas plurais

Num iminente cancelar de atividade. Talvez não seja senão um mito essa máxima de que por cá se gosta de teatro [arte].

Não são [só] as palavras que nos fazem; são sobretudo os gestos. Somos tão lautos nos elogios à ‘nossa terra’ no seu avultar em determinado território [mas sempre a posteriori, depois de feito – por outro – e por nós visto] como céleres no lamentar a inexistência desses mesmos territórios – que no fundo existem. Não fazemos senão confirmar o desconhecimento do que verdadeiramente nos faz. Somos gente do já feito; já visto; já ‘gostado’. Será que há alguém, por aí, capaz de escolher livremente um espaço mediante a sua potência, perante aquilo que ele oferece, e não apenas lamentar não o ter sabido depois de ter passado o seu tempo? Há alguém aí? Há alguém? Porque será Kant? Porque: - uma proposição é conhecível a priori se, e só se, for necessária. Ah. Pergunta Pessoa: - Que querem todos? – e responde no mesmo verso: - Nada. E eu que não sabia que pisava um palco-cidade onde tudo é sumidade, onde tudo é perito, onde não há a necessidade de pormenorizar, de confrontar saberes e perspetivas, de problematizar, de crescer, pois tudo, neste palco, é já experimentado. Onde está a consequência de tal estado? Anda alguém enganado ou a enganar-se. Pergunto-me: Para quê, se não há quem? Olho os vizinhos que perguntam: porque não mais se há tanto quem? Olho novamente para dentro e pergunto: Porque só olham estes para fora? As cidades, hoje como ontem, são e serão as suas pessoas e o seu agir – nisto a sua cara.

II Oficinas Plurais



Tudo se principia depois de tudo. A fértil, séria e aberta parceria estabelecida entre o Janelas Plurais e o Município de Fafe, possibilitou a realização daquelas que foram as primeiras Oficinas Plurais – lugares de formação, debate, reflexão e apetrechamento quer de técnicos do teatro, quer de sérias pessoas a quem apelidamos de público. Deste modo, e compreendendo da necessidade no continuar destes palcos erguidos, o Núcleo de Arte Dramática estabelece no ano de 2012 um setor segundo – não hierarquizado com o anterior - criando oficinas capazes de fornecer aos interessados ferramentas importantes na área do Teatro, e até mesmo, despertar estados vocacionais. O Janelas Plurais realizará então duas oficinas com a duração total de 22,5 horas.
Solicitem a ficha de inscrição através do endereço: janelasplurais@gmail.com
- data limite de inscrição: 19 de Janeiro -

Estas oficinas são apoiadas pelo Município de Fafe e pela freguesia de Antime, que gentilmente facultou o seu auditório para a realização das sessões de trabalho.

Público-alvo:
A partir dos 15 anos.

Observações:
N.º de inscrições limitadas a um mínimo de 10 elementos e um máximo de 15:
Interpretação e Movimento

N.º de inscrições limitadas a um mínimo de 10 elementos e um máximo de 25:
Encenação | Dramaturgia | Músicas de Cena

Oficinas

Interpretação e movimento
[5 sessões]
Jaime C. Soares
sócios e companhias de teatro - 15€
não sócios - 30€


Encenação e dramaturgia | Músicas de cena [3 sessões]
José Rui Rocha
sócios e companhias de teatro - 7,5€
não sócios - 15€

Formadores
Jaime C. Soares, Actor, Encenador e Professor de Teatro. Iniciou a sua formação Teatral no Balleteatro Contemporâneo do Porto. Além da sua formação em Teatro, tem também formação ao nível da Dança Contemporânea, destacando o Curso de Criação e Composição Coreográfica do Fórum Dança. Já trabalhou como intérprete para o Teatro de Marionetas do Porto, Balleteatro, La Fura Dels Baús, Seiva Trupe, entre outros. Dá aulas regulares de Teatro e diversos workshops. Em 2008 cria a NAPALM (Companhia de Teatro Dança em Conjunto ou Alternadamente). Do seu trabalho como encenador destaca os espectáculos, “Kuspo”, “Alucinação Numa Gota de Água” e “Uma Pedra Contra a Cabeça”.


José Rui Rocha, o palco humano onde se representam André Rafael, Inês Pedro Guerra, Oceano de Andrade, Gualter Branco, Rodrigo Naus Real – suas personagens literárias – desenvolveu desde cedo estudos musicais na Academia de Música de São Félix da Marinha – Vila Nova de Gaia, cumprindo o curso complementar e estudos em piano e técnica vocal e repertório – canto, licenciando-se em 2003 em Educação Musical. É especializado em Literatura Dramática pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Teve como principais áreas de atividade profissional o ensino da música, teatro, dinâmica de leitura, interpretação, escrita e oralidade e alfabetização. É fundador e presidente da direção do Janelas Plurais - Núcleo de Arte Dramática – Fafe. Como dramaturgo, viu editados alguns dos seus trabalhos, caso dos textos: “Nuktos / N’Oudeis / Degrau sem superfície com saída ao abismo” introduzidos por Roberto Merino. É responsável por diversas produções teatrais como “Do meu maior ódio nasceu o meu maior amor” – 1999; “António e suspiros de Morte” – 2001; “Náiade” – 2003; “Degrau sem superfície com saída ao abismo” – 2005; “Anfitrião Moldado ou a Ilusão Sagrada” – 2008. Estudou composição com Cândido Lima; epistemologia e filosofia com Edgar Morin, frequentou seminários em torno das referências musicais nos romances de Eça de Queiroz; ações de Pedagogia Musical com o maestro e pedagogo, professor Pierre van Hauwe; e diversos colóquios internacionais em torno do teatro, música e demais territórios artísticos, onde participou igualmente como orador. É um frequentador assíduo da leitura e escrita. Foi convidado pelo Museu das Migrações e das Comunidades, de Fafe, para a narração da Carta do ‘Achamento do Brasil’de Pêro Vaz de Caminha – áudio exibido durante a exposição: ‘Portugal-Brasil: paisagens brasilianas e fafenses brasileiros de torna-viagem. Óleos e aguarelas de Luís Gonzaga’. Foi narrador e autor do audiolivro: ‘A dança dos alcatruzes’, da sua personagem literário Oceano de Andrade, editado em Janeiro de 2011. Criador do espetáculo e narrador de: Leituras – sermão de Santo António aos Peixes, de Pe. António Vieira, exibido em diversas igrejas do norte do país. Foi responsável pela direcção de actores e co-autor do argumento cinematográfico da curta-metragem “Mixar Caminhos” exibida no festival Indie Lisboa 2010. Ainda no território cinematográfico, digiriu, coproduziu e realizou a curta-metragem “Suite”. Foi membro do júri nas VI Jornadas de Cinema e Audiovisuais de Fafe | Fafe Films Fest 2011. Atualmente desenvolve a sua atividade enquanto criador na Kairos – Produções Culturais, em colaboração com artistas de diferentes áreas e projetos.

Uma parceria na coprodução de Suite



Uma parceria mais do Janelas Plurais. Desta vez integrou uma coprodução de uma curta-metragem: Suite. Estreou dia 26 de novembro inserida nas VI Jornadas de Cinema e audiovisual de Fafe. Podem obter mais informações no site [aqui] e ver a curta-metragem.

Oficinas Plurais - Aviso

O Janelas Plurais - Núcleo de Arte Dramática, viu-se obrigado, por motivo de o número mínimo de inscritos não ter sido atingido, a cancelar a Oficina de História do Teatro | Literatura Dramática. No que refere às restantes, todas se encontram completas sendo que estão fechadas as inscrições à excepção de Produção | Espaços | Projecções, que possui ainda algumas vagas. Manter-se-á disponível a inscrição nesta oficina até à data limite estabelecida.